quarta-feira, 10 de julho de 2013

Perdendo os sentidos: ganhando vida

E todas as vezes que chorei quando queria sorrir?
E todas as vezes que foram ao contrário?
E todas as vezes que senti e tive medo?
E todas as vezes que senti medo dessas vezes em que senti? 
E quantas vezes não senti e isso era o suficiente?
E quantas vezes o suficiente foi tudo que senti?
Minha cabeça tem um nó que não consigo desatar.
Talvez precise que alguém me ajude
Mesmo achando que, não deveria precisar. 
Quando vejo todos os rostos que transmitem amor verdadeiro,
Me sinto uma ilha: rodeada e só o que resta é, explorar o interior.
Só que não sei se me resta essa saída.
Cada vez que chego mais fundo de mim
Mais fujo de mim.
Mais finjo a mim. 
Sou perigosa sozinha.
Embora ache que a companhia não mude isso.
Ainda seria capaz de ferir alguém,
Assim como sou capaz de ferir a mim.
Eu acho que deveria sorrir ao primeiro sorriso mas,
Acho que esse sorriso deveria vir mais facilmente.
Mas, e se eu sorrisse primeiro?
O outro poderia me acompanhar apenas, sorrindo de volta?

Por onde andei? No que acreditei?
Tudo que eu sempre quis parece estar caindo por terra. As convicções do que era melhor estão agora, parecendo ser apenas uma fuga. E eu pareço estar cansada, ofegante demais para seguir fugindo.
Mas, ainda não sinto que aqui é o meu lugar e que essas pessoas são as certas. Eu só queria, um único dia que fosse, me sentir bem aqui. Me sentir daqui. Me sentir de alguém. Me sentir de mim.

Enquanto eu corro aos tropeços, anseio por um borrão lá na frente, com as mãos estendidas fazendo sinal de fim da linha. "Pare. Você chegou. Demorou mas, encontrou o que estava lhe esperando. Encontrou o que lhe foi guardado esse tempo todo. Toma, teu coração tá aqui. Vá em frente. Enfrente. E dessa vez, sem armadura e escudo. Essa luta não carece dessas armas"





  

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