segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Canto escuro

Existe uma névoa, eu caminho mas ela não se dissipa.
Ela me trava, me envolve e me cega. 
Não há direção, todo canto é um borrão.
E eu posso sentir o meu coração em minha mão. 
Onde mora o medo? E tudo que eu desejo além dele, onde se esconde?
Se eu achar essa cabana e ela estiver caindo aos pedaços, posso reconstruí-la? 
Onde moro, pode ser um abrigo?
Porque em dias frios eu sinto um arrepio e não consigo dormir.
Em dias quentes eu insisto em colocar a cara pra fora da janela e o que me espera me congela. 
Eu moro num canto escuro, onde o sol me toca em faixas que a persiana distraída deixa entrar.
Aqui é frio, mas, é seguro.
É um canto escuro onde eu me escuto e emito o minimo de som possível.
Não gostaria de ser tão silenciosa, mas a minha porta estão a guardar.
Ouço vozes quando solto um sorriso e logo me torno a calar. 
Sou uma luz que poucos enxergam.
As vezes estou sólida mas o medo não permite que me achem no corrimão da escada. 
As vezes estou liquida, mas, não há sede a ser cessada; 
E é por isso que nesse canto escuro eu respiro e aguardo,
Há uma luz no seu quarto, 
Não demore a encontra-la 
Ela tem uma mente perturbada 
Mas sabe achar a saída 
Num labirinto que fica no fim dessa escada. 

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