terça-feira, 8 de outubro de 2013

Canção de mim mesmo

Ouve um ruído e tudo aqui dentro havia se partido.

Estou confuso.

O quanto sorri?
O quanto chorei?
Quando nadei?
Quando me afoguei?

Estou perdido.

Onde eu estou?
Quem me salvou?
Que abismo me abrigou?
Meu peito silenciou?

Sentindo.

Ainda estou vivo.
Meu sangue latejando,
Meu corpo esquentando,
Meu coração pulsando.

Estou transbordando.

Quando passei por sua floresta, tive medo do que vi.
Quando nadei no seu lago, não tive certeza de querer partir.

Estou sozinho, de novo.

Tudo que eu quero é correr e encontrar motivos para não parar.
Eu fechei os olhos pra luz que pode me cegar,
Mas essas raízes ainda podem me entrelaçar.

Buscando.

Então eu vou parar.
Vou tirar os chinelos e me permitir descansar embaixo daquela árvore.
Vou esperar o medo tomar conta dos meus pensamentos bons,
Porque só assim eu me sinto normal.
Só assim me leio por completo.
Só assim eu banco o "repleto"

Repleto de dúvidas, de sonhos, de amores, de medos e dos maiores temores;
Eu fico repleto de mim mesmo.
E me divido ao meio mas, mesmo assim repleto, sou inteiro.

Ouço a canção de mim mesmo
Que me diz o dia inteiro
O quão é difícil
Dar "play" em si mesmo
Enquanto existe uma sinfonia
Bem mais bonita
Em que só a sua melodia
Não encaixa.

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