quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Fui tempo, serei eternamente lento

Eu te vi sentada e você chorava
No último degrau daquela escada;
Soluçava, cobria o rosto quando alguém passava
Mas já sabia
Que nunca adiantava;

Eu não passei rápido naquele momento
Mas acredite,
Eu ainda lamento.

Não foi fácil aceitar que eu tinha que esperar
Que você tinha que aprender,
Quando eu já conseguia ver
Que você desistia de viver;

Você não olhava em volta,
Fixava numa parte
Que você já não tinha mais,
E assim perdia
Tudo o que poderia ter sido capaz.

Mas pequena,
A vida ainda vale a pena
E apesar dessas dores
Do seu rímel no travesseiro,
E do olho inchado no espelho
Vai passar.
Porque é isso que a vida faz:
Ela passa!

Passa veloz,
Dá uma pausa;
Dá um nó,
Logo solta.

Pequena não posso te ajudar,
Mas tenta olhar pra frente
Porque por mais que o passado te atormente
O futuro lhe deseja paz.

E eu sigo na velocidade de sempre,
E espero que se atente
Ao que vai deixar escapar.
E que se lembre:
Serei sempre capaz de curar.

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